Magnificência
Para tentar colocar os pingos nos is, em tudo o que até agora aconteceu na Consulta Informal para escolha da próxima administração da UFPel. Trata-se de um exercício de números, projeções e, principalmente confiança em informações recebidas, diante da falta de comunicação oficial por parte das entidades organizadoras.
Resultados
No primeiro turno, a chapa 10 – Frente Ampla – recebeu 3.740 votos somadas as três categorias participantes (professores, servidores e estudantes). O percentual ficou em 43,8123%.
A chapa 20 – Multi – recebeu 3.846 votos, com percentual de 40,8978% e a chapa 30 – Raízes – ficou com 1.665, votos representando 15%.
No segundo turno, realizado nos dias 17 e 18 de setembro, a chapa Multi recebeu 5.491 votos, com percentual de 50,0026%. A chapa Frente Ampla obteve 4.216 votos, com 49,9974%.
Movimentos
A partir daí não faltaram acusações mútuas, desconfianças quanto a fidelidade do resultado divulgado, provocações e veladas ameaças, principalmente entre os integrantes das duas chapas que passaram ao segundo turno, 10 e 20.
A maioria das situações criadas, foram divulgadas, sempre com resistência das entidades representativas dos professores (ADUFPel) e dos servidores(ASUFPel). Tal maioria de informações chegavam à comunidade imprensa por vias não oficiais.
Inédito
Nunca antes na história da Consulta Informal na UFPel, uma chapa derrotada em números na Consulta Informal, havia recorrido à Justiça Federal para discutir o resultado.
Foi o que fez a chapa Frente Ampla. Apontou desconfiança na totalização dos votos dos estudantes, pediu auditoria da urna a eles destinada.
Ápice
Mesmo com a desconfiança sobre a fidelidade dos números da urna destinada aos estudantes, por parte da Frente Ampla, a data para a reunião do Conselho Universitário (CONSUN), foi marcada para 11 de outubro, sexta-feira, 14h.
Sessão
A reunião do Conselho Universitário iniciou e, desde o início, verificou-se a estratégia da Frente Ampla em discutir todos os pontos em questão. Foram rebatidos, um a um, pela reitora Isabela Fernandes Andrade, presidente do Conselho.
Dados os encaminhamentos, o resultado final, para Reitora no período 2025/2028, apontou 34 votos para a candidata Úrsula Rosa da Silva, da Multi, 25 votos para Julieta Fripp, da Frente Ampla e 1 votos para Aline Paliga, integrante da Multi.
Para novo registro, mesmo com indicativo na votação oficial, é prerrogativa da, no caso, reitora eleita, a nomeação do vice-reitor.
Pela chapa Multi, o nome indicado é Eraldo Pinheiro e, pela chapa Frente Ampla, o nome indicado é Fábio Cerqueira.
Legalidade
Os representantes da Frente Ampla, no Conselho, fizeram questionamentos sobre a legitimidade da representação dos estudantes. São sete cadeiras a eles destinadas e, com a extinção do Diretório Central, teve a Frente Ampla entendimento de que os nomes indicados pela Reitoria, ali não poderiam estar, indicando a necessidade de suas eleições por voto secreto.
Toga
De imediato, integrantes da Frente Ampla encaminharam procedimento jurídico à Justiça Federal, Mandado de Segurança, questionando tal situação e, requerendo a concessão de Medida Liminar, suspendendo os efeitos da participação dos estudantes no votação.
O Juiz Federal Substituto Eric de Moraes, com atuação na 2′ Vara Federal da Justiça Federal, em Rio Grande, deferiu parcialmente o pedido de liminar.
Nas suas justificativas, o indicativo de que a liminar em Mandado de Segurança poderá ser concedida quando houver fundamento relevante e do ato impugnado, puder resultar a ineficácia da medida, como seja fundamental deferí-la.
Decisão
Posição do Juiz Federal Substituto, Eric de Moares: “Defiro parcialmente o pedido liminar para determinar a suspensão da participação da representação discente, que são os estudantes designados pela Reitoria”.
Segue o Magistrado Federal: “Suspende também os efeitos desta participação no caso de tal reunião se haver encerrado”.
Por fim, Eric de Moraes fixa o prazo de 10 dias para apresentação de informações e, o mesmo prazo para que o Ministério Público Federal ofereça parecer.
