Respeito
Desde o início da atual administração PT/PSoL, já são três as denúncias de tentativa de interferência em organismos e instituições representativas da comunidade.
Todas estão vinculadas a segmentos, com seus corpos diretivos e integrantes eleitos e mandatos definidos.
Os casos estão relacionados com as direções das escolas municipais e, talvez, de forma indireta, em seus conselhos escolares e os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural e de Saúde.
Outra ação envolveu a criação do Fundo Municipal de Reconstrução de Pelotas.
Nas escolas a tentativa foi de não reconhecer os diretores eleitos e realizar novas eleições com regras que, em tese, beneficiariam professores identificados ideológicamente com os partidos do governo.
A grita foi imediata, com a mobilização das comunidades chegando à Câmara de Vereadores. Após manifestações e reuniões com integrantes do governo, o acordo aconteceu e um novo processo será realizado.
No Conselho de Desenvolvimento Rural, denúncias de tentativa de interferência, com indicação de nomes também vinculados ao governo.
Com o projeto do Fundo Municipal de Reconstrução de Pelotas, o texto original previa somente a participação de integrantes da administração.
Graças a percepção do vereador Antônio Peixoto (PSD) e o entendimento com outros vereadores, emenda garantiu a presença e participação da sociedade civil.
Também a coordenação sai da Secretaria de Planejamento e passa para o gabinete do prefeito, na figura de Fernando Marroni (PT).
A sua regulamentação se dará por decreto o que, pelo até agora não informado, ainda não ocorreu.
A penúltima interferência ocorre no Conselho Municipal de Saúde que desde o início da semana, está com suas atividades paralisadas por falta de funcionários que, por lei, devem ser cedidos pela prefeitura.
No caso são dois e, depois de suas concordâncias e encaminhamento à Secretaria da Saúde, veio a informação de que os mesmos haviam desistido.
O coordenador do Conselho Municipal de Saúde, César Lima, é incisivo em sua posição. Aponta retaliação, crime contra a população, dificuldade de diálogo, desrespeito a democracia e tentativa de aparelhar o órgão com pessoas partidárias.
A democracia precisa ser respeitada. Se os conselhos foram legalmente constituídos e eleitos com mandatos definidos, a legitimidade não pode ser colocada à prova.
Assim como PT e PSoL democraticamente esperaram 20 anos para retornar ao comando da prefeitura de Pelotas, na mesma relação, que se preparem para a salutar disputa de cargos que, hoje, pelo visto, pretendem obter por outras formas e mecanismos.
Um exemplo. Historicamente, a ex-Associação dos Municipários de Pelotas (AMP), hoje Sindicato dos Municipários, sempre teve, em seu comando, dirigentes eleitos, ligados a partidos de oposição.
A convivência sempre foi democrática, republicana e respeitosa. Hoje o Sindicato é comandado por PSoL e PT.
Nenhuma novidade: quando era reitor, o Secretário de Educação (licenciado) também se recusou a reconhecer a direção eleita do CEAD, por desalinhamento ideológico. E quando a pressão aumentou ele preferiu extinguir a unidade aquela reconhecer a escolha democrática. Portanto, nada novo no front.
O SIMP há muito deixou de representar os Municipários, um exemplo é a AUSÊNCIA de luta na questão do piso do magistério! Professor amarga as perdas de direitos e, desde a gestão passada, o SIMP é totalmente irrelevante nessa luta.