Rebuliço
O clima atmosférico vigente, com baixas temperaturas, contrasta com a alta temperatura constatada nas relações entre os poderes Executivo e Legislativo.
Desde o início da administração PT/PSoL e legislatura na Câmara, a tensão política é permanente e todos caminham sobre o “fio da navalha. Inúmeros são os exemplos.
O penúltimo circula nas redes sociais e tem como principal protagonista o vereador Cauê Fuhro Souto (PV), o Ministério Público e, como terceiro possível envolvido, o Executivo, tanto pela suspeita pela origem da postagem e a relação com emenda impositiva apresentada pelo vereador verde.
A postagem, em vídeo, tem 44 segundos e diz tratar-se de “investigação de descaminho de R$ 625 mil reais”.
Logo em seguida aparece a sigla Gaeco, grupo do Ministério Público que investiga questões relacionadas aos agentes públicos.
Tem ainda uma acelerada apresentação de documento que seria oriunda do Ministério Público, com o nome do Promotor de Justiça José Alexandre Zachia Alam, mas sem sua assinatura e sem o indicativo de assinatura digital. São cinco folhas.
O vereador Cauê Fuhro Souto (PV) aparece caminhando e fazendo uma selfie. Em oito segundos, ele afirma:
“Boa tarde gente. Decretaram a minha prisão, caso aquele da emenda que mandei para o meu irmão. Por isso vou sair de Pelotas por algum tempo”.
Não é preciso ter pós-doutorado no ramo para verificar o uso da Inteligência Artificial, tanto pela entoação de voz, como pela rápida desconexão entre os movimentos labiais e o som.
Tem também uma foto daquele que seria o vereador Cauê e seu nome completo – Cauê Fuhro Souto Martins – em letras manchadas.

No encerramento, em super posição de imagens e cores, aparece o nome do vereador Cauê dentro de uma lupa.

Reações
A movimentação é intensa no grupo de vereadores no WhatsApp. Não estão para bons amigos.
Falam no final da tentativa de bom relacionamento entre Câmara e prefeitura, além de desrespeito. O caso é tido como não sendo mais da Mesa Diretora mas de toda a Câmara.
Outra possibilidade não descartada é o trancamento da pauta, sem votação de projetos do Executivo que estariam previstos para a semana legislativa.
